quinta-feira, 20 de outubro de 2016

APOCALIPSE TENEBROSO

Erlan Nogueira de Moura


Há tempos a ferrugem que destrói a visão
A água que se descontrola na drenagem
Os hospitais que fazem do leito seu próprio chão
Tiroteio no presídio não é mais novidade.

Nas ruas a solidão é outra vez atormentada
O caminho de volta é um cenário oculto
A segurança atual é uma grande cilada
E ainda tem Polícia parando depois disso tudo.

Escolas falidas na mesma gravura
Semáforo queimado na curva fatal
Disciplina cortada que incentiva a cultura
Plano de aula agora é tudo virtual.

Sistema estranho que eterniza o “patrão”
Olhos abertos no bom samaritano
A coragem de um santo não é medida pela ação
Às vezes o óbvio não é visto neste plano.

Aqui o progresso é o crime sofisticado
Internautas do ministério em conflito moral
Recrutamento de pacto chega em carro blindado
O silêncio da sociedade é um triste sinal.

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